👋🏼 Bem vindo a edição de número #97 da Newsletter do Moa.
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Se você quer empreender, ou conquistar algo grande na vida, esquece esse papo de “plano B”. O único plano B aceitável é “fazer o plano A dar certo”.
Na edição de hoje da Newsletter do Moa eu conto como eu joguei meu plano B fora (mesmo sem ter certeza de que o plano A daria certo) e entrego o passo a passo para você também abandonar seu plano B e focar somente no seu plano A.
E agora, o que fazer?
Eu me tornei sócio da DevPro com o objetivo de criar uma alternativa à Codevance, minha antiga fábrica de software. O perfil padrão de cliente de uma fábrica de software geralmente são empresas grandes, em que o ciclo de venda é longo e essa venda depende muito de relacionamento. Apesar de ser bom em me relacionar com as pessoas, eu não queria jogar esse jogo.
Se olharmos a quantidade de pessoas impactadas, o faturamento, o lucro e, principalmente, o aprendizado que tivemos com a DevPro, podemos dizer que a empreitada foi um sucesso. Mas, infelizmente, nossos resultados foram muito abaixo do que buscávamos. Mais do que isso, o principal motivo pelo qual decidimos encerrar a parceria foi porque percebemos que o modelo de negócio não parava de pé.
Nessa época, a Codevance ainda operava, mas, “à deriva”. O Ronaldo, meu sócio, atendia os clientes que já existiam, mas, não havia nenhuma perspectiva de clientes novos. Durante os anos de DevPro, eu abandonei a área comercial. Como eu não tinha nenhum tesão de retomar essa frente, eu sabia que era questão de tempo até os atuais clientes cancelarem e aquele pequeno faturamento secar.
Isso aconteceu em meados de 2022, época em que minha esposa ficou grávida do meu primeiro filho. Imagina a cena: minha mulher grávida de 6 meses, e eu sem saber o que fazer da vida. Por sorte, sempre fui uma pessoa precavida e, por isso, tinha uma quantia significativa de dinheiro guardado. Com esse dinheiro, pude comprar tempo para refletir sobre o que queria fazer.
Razão? Não! Emoção.
Algumas semanas antes de sair da DevPro, eu tive uma conversa crucial com o meu amigo Rodrigo Lopes. O mercado estava virando, e a ressaca das extravagâncias cometidas pelo mercado financeiro na pandemia estava aparecendo. Alguns players estratégicos do mercado de educação estavam fazendo grandes movimentos e, diante desse cenário, o Rodrigo questionou nossa estratégia. Então, eu percebi: eu não tinha a mínima ideia de qual era nossa estratégia. Mas, a provocação principal não foi essa…
“Cara, você é programador. Você conhece o mercado de tecnologia. Você conhece marketing digital. O que você tá fazendo trabalhando com infoproduto? Vai empreender com software.”
Depois de ouvir por duas horas eu reclamando sobre quão tóxica e imatura era a comunidade de programação, o Rodrigo mandou essa. Essa sim foi a provocação que me colocou pra pensar. Depois de mais de 10 anos de trauma, inconscientemente, eu ainda estava “fugindo” do mercado de tecnologia.
Corta para uns 3 meses depois. Eu segui o conselho do Rodrigo, e já tinha testado e validado o MVP do Tintim. O próximo passo seria começar nosso processo de Go to Market, mas, eu estava “de férias”, pois o meu filho tinha acabado de nascer. Nesse período, duas novas conversas me fizeram questionar se apostar no Tintim era a melhor decisão...
A primeira delas foi com um amigo, que também estava iniciando uma nova empreitada. Um cara hiper competente, que eu tinha certeza que acertaria a mão (tanto que, dois anos e meio depois, ele já está faturando perto do milhão por mês com esse projeto). O papo não foi muito explícito, mas, eu percebi que, nas entrelinhas, ele estava me convidando pra embarcar com ele na nova empreitada. Esse papo me balançou.
Mas, o papo que mexeu comigo de verdade foi com o próprio Rodrigo. Ele me chamou para almoçar e me convidou para uma posição de liderança na Docket, sua empresa. Eu, pai de um recém nascido, "sem ocupação”, de frente com a oportunidade da “estabilidade” de um emprego. Um baita salário, um plano de saúde, e mais uma penca de outros benefícios. Será que tem algo mais tentador do que isso, na situação que eu estava?
Durante dias, eu refleti sobre essas oportunidades. Mas, engraçado que, no fundo, eu mal cogitei aceitar alguma delas. Eu tinha certeza de que o que eu queria fazer era empreender de novo. Eu estava empolgadíssimo para empreender com software pela primeira vez. A razão até tentava ponderar alguns possíveis benefícios, mas, no fundo, eu sabia que eu seria extremamente infeliz se não seguisse meu instinto.
Esqueça o “plano B”
Quando eu decidi seguir com o Tintim, eu não tinha um plano B. Eu tinha, sim, uma ideia boa, relativamente validada, e num mercado super promissor. Mas, essa ideia tinha pontos negativos claros, que eu não tinha a mínima ideia de como resolver. A única certeza que eu tinha era de que eu deveria começar. Eu tinha a confiança de que as respostas viriam no caminho. E vieram!
Quando comecei minha jornada de desenvolvimento pessoal, lá pelos idos de 2016, eu tive a clareza de que o nosso melhor ativo não pode ser dinheiro, imóvel, empresa, carro, nada disso. Nosso maior ativo PRECISA ser nós mesmos.
Diante dessa máxima, eu trabalhei por anos (sigo trabalhando) para me construir como um ativo. Investi pesado em conhecimento, tanto com dinheiro quanto com tempo. Investi pesado em networking. Investi pesado em desenvolvimento pessoal.
No começo, eu não sabia onde isso ia dar. Mas, eu tinha uma confiança muito grande de que isso daria certo. E deu! Depois de anos de investimento, eu finalmente consigo enxergar que, independente da merda que possa acontecer, eu me garanto. Hoje eu posso afirmar com convicção que eu não tenho plano B, porque eu sou o meu plano B.
Meu objetivo com esse texto é te convidar a largar o plano B. Existem diversos motivos pelos quais ter um plano B pode ser prejudicial. Alguns dos principais:
Ter um plano B sabota o seu plano A
Com certeza, existe uma explicação científica pra isso (mas, eu estou com preguiça de procurar). Mas, fato é que, quando há uma “rota de fuga”, o cérebro tende a manter energia reservada para essa rota, ao invés de dar all-in no plano A.
Esse plano B acaba virando um colchão emocional, um possível conforto que acaba te impedindo de dar o máximo de si no desenvolvimento do plano A. Quando você não tem um plano B, a urgência de não ter para onde correr ativa em você um modo de sobrevivência que é essencial para o sucesso. Você avança simplesmente porque não tem escolha. Isso destrava um comportamento de alta performance que geralmente não aparece quando existe uma “saída de emergência”.
O sucesso costuma exigir um grau de obsessão que não tolera distrações
Empreender é MUITO difícil. Empreender no Brasil, então, é coisa de maluco. Quão fora da casinha uma pessoa precisa ser para escolher, deliberadamente, se tornar o vilão da nação? Escolher pagar o imposto mais alto do mundo?
Para fazer um empreendimento dar certo no Brasil, você precisa ser MUITO acima da média. O sucesso real, consistente e fora da média geralmente não nasce do equilíbrio, mas de uma dedicação quase cega. Nasce de um foco que beira a obsessão. Ter um plano B vai totalmente na direção contrária disso.
O sucesso vem da adaptação, e não do planejamento
Churchill, certa vez, disse: “nunca desperdice uma boa crise”. Via de regra, a gente não se planeja para uma crise. O máximo que a gente faz é reservar algum caixa e projetar alguns cenários para se ter uma ideia do tamanho da porrada que a gente consegue aguentar.
Isso tem um motivo: o empreendedor não pode jogar pra perder. Ele tem que jogar pra frente. Eu não quero ganhar de um a zero, jogando na retranca. Eu quero um 5 a 2, se possível, com gol de bicicleta. Para o risco compensar, a ambição tem que ser muito grande. Mas, para isso, é preciso saber se adaptar.
No fundo, o plano B é ilusão. Você não sabe o que o futuro te reserva. Ninguém sabe. O mundo está mudando rápido demais. O que nos resta é desenvolver uma mentalidade antifrágil e aprender a brilhar em meio ao caos.
Como jogar seu plano B no lixo
Eu sei que o tom deste texto está muito otimista, mas, saiba que eu sou totalmente contra você jogar tudo pro alto e ir viver seu sonho. Eu acredito, mesmo, é num planejamento racional e faseado para que você possa ter “segurança” para jogar seu plano B fora. Mas, como fazer isso?
Invista no desenvolvimento pessoal
O primeiro passo rumo ao plano A é se desenvolver em todos os âmbitos da sua vida. Obviamente, você deve se desenvolver tecnicamente. Conhecimento técnico sobre o seu ofício é o básico. Mas, além disso, você também precisa desenvolver seu lado pessoal e, também, seus relacionamentos.
No lado pessoal, o que você precisa é focar em amadurecer. Aqui não tem caminho fácil. É preciso muita religião e muita psicanálise para você se conhecer. Além disso, é preciso muita cultura para estimular suas reflexões sobre o mundo. Consuma muitos filmes e muita literatura. Viaje bastante e entre em contato com culturas diferentes da sua.
Você também precisa desenvolver seu corpo. Ganhar força, agilidade, capacidade física. Isso vai fazer bem não somente para sua saúde, como também para sua capacidade cognitiva. Principalmente, se desenvolver fisicamente vai aumentar sua autoestima e, consequentemente, sua confiança.
Agora, o que realmente vai ter potencial para mudar sua vida são as pessoas com quem você se relaciona. O “quem” é muuuuuuito mais importante do que “o que”. Invista pesado em conhecer e ajudar o máximo de pessoas-chave possível. Se puder usar dinheiro para acelerar este processo, use sem medo.
Construa um colchão financeiro
Eu só consegui ter liberdade para poder seguir meu instinto e empreender com tecnologia porque eu tinha dinheiro guardado. O dinheiro compra tempo.
Mas, não vou mentir: é doloroso ver minguar o patrimônio que você ralou a vida toda para construir. Mas, tenho certeza de que seria 10000x mais doloroso trabalhar com o que não gosto só por não ter alternativa.
Guarde dinheiro. Um bom número para começar é, pelo menos, ter guardado 6 meses de custo fixo seu e/ou da sua família. O ideal é um ano. Mais que isso, acho prejudicial, correndo o risco de que você perca o senso de urgência necessário para fazer um negócio virar.
Ah! Essa reserva precisa ser líquida, tá? Esquece imóvel, CDB de anos, etc. O foco aqui é ter segurança, não rentabilidade. Coloca num CDB de liquidez diária que pague pelo menos 100% do CDI, só para corrigir a inflação, e pronto.
Tenha responsabilidades
Eu não tenho dúvidas de que o fato que mais influenciou positivamente na minha vida foi o nascimento do meu filho. O fato de a minha esposa não trabalhar fora e eu ser o arrimo da família também contribui significativamente para isso.
O motivo é simples: esse nível de responsabilidade não me dá outra alternativa a não ser dar certo. Ter pessoas que dependem de você é um privilégio, que te força a sempre ir em frente na vida.
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Como foi a minha semana?
🏋🏻♀️ Pratiquei 6 dias de exercício físico e completei 80 dos 250 dias da meta do ano.
📚 Estudei 6 dias e completei 60 dos 200 dias da meta do ano.
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O que eu estou lendo:
📚 Por enquanto não estou lendo nenhum livro na manhã, mas sim estudando alguns outros materiais (artigos, vídeos, cursos) que estavam na fila.
📚 Comecei a ler Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo.
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O que eu consumi essa semana que gostei e recomendo?
📺 Um papo super legal contando a história do Breno Masi, primeira pessoa a desbloquear um iPhone.
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Muito bom post Moa. Tive um caminho muito parecido com o seu, com a diferença que eu tinha 2 filhos já :-D. E minha empresa Ubots, do mesmo seguimento que a sua.
Esse post é justamente o momento que estamos passando aqui, MVP pronto, caixa pra 6 meses, plano A, aquela sensação de que tem tudo pra dar certo, mas aquele friozinho na barriga que não pode faltar.