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Seis em cada dez empresas brasileiras fecham as portas antes do quinto aniversário. Num ambiente em que a carga tributária sufoca, a insegurança jurídica paralisa e a sociedade te olha torto, e cada minuto que você investe em um CNPJ pode ser um passo para o abismo. Será que vale todo esse risco?
Na edição de hoje da Newsletter do Moa, eu compartilho minha opinião sobre o custo real de empreender no Brasil, e se vale a pena ou não investir nessa jornada.
O começo
Eu já contei aqui anteriormente que, lá no comecinho da minha jornada rumo ao desenvolvimento pessoal, eu conheci uma blogosfera de pessoas que queriam se aposentar cedo. Foi lendo o relato dessa galera que eu decidi começar a poupar dinheiro de forma constante e sistemática.
No meio desses blogs, tinha o Blog do Corey. O texto dele era bom, meio diferente de toda aquela galera. Pelo que me lembro, ele não era um assalariado comum, mas, sim, um comerciante. Acho que, por isso, muito do que ele escrevia era meio contra o senso comum. Um de seus pontos de vista é o que vou defender nesse texto: Só vale a pena empreender se o upside for MUITO grande.
O desafio de empreender no Brasil
Desde que li essa frase, eu a tenho comigo. As dificuldades do empreendedorismo que foram aparecendo para mim ao longo dos anos só confirmaram o que o cara tinha dito lá pelos idos de 2015~2016.
Sim, eu tenho várias evidências práticas que comprovam a frase (e vou apresentá-las ao longo do texto), mas, como o assunto é sério, eu resolvi trazer dados para me embasar.
Primeiro de tudo: 6 em cada 10 empresas morrem em 5 anos. Olhe para 9 empreendedores à sua volta, e saiba que, entre vocês, somente 4 sobreviverão ao início dessa jornada. Dos que ficarão pelo caminho, 3 fecharão suas empresas antes de completar dois anos.
Esses são números gerais. Quando colocamos nossa lente no contexto em que atuamos, que é tecnologia e startups, os números são ainda piores. Globalmente, até 90% das startups falham, sendo 10% no primeiro ano, e cerca de 70% até o quinto ano. No Brasil, apenas 8% das startups conseguem o tão sonhado exit. Faz sentido, afinal, somente 17% das startups conseguem captar investimentos acima de US$ 1M (é preciso dinheiro para criar inovação).
O ambiente econômico brasileiro é absolutamente hostil ao empreendedor. A carga tributária é alta, a segurança jurídica é baixíssima, e o empreendedor é visto como vilão pela sociedade.
Diante desse cenário adverso, a frase do nosso amigo começa a fazer sentido. Para correr todo esse risco, é preciso que a recompensa realmente valha a pena.
Custo de oportunidade
Certa vez, vi o João Vitor, do G4, respondendo uma pergunta sobre riqueza em seus stories. Não lembro ao certo da pergunta, mas, lembro da resposta, em que ele dizia que o caminho “menos difícil” para enriquecer não era o empreendedorismo, mas, sim, a carreira executiva. Tendo alguns amigos executivos, eu concordo com ele.
De fato, o empreendedor tem a chance de colocar no bolso um dinheiro que muitos executivos nunca verão na vida. Mas, o quão difícil é conseguir um exit de dezenas de milhões? Quanto um empreendedor precisa se desenvolver para que isso ocorra? Quanto de risco ele precisa tomar? Quanta sorte ele precisa ter?
Sendo executivo, é possível colocar um bom dinheiro no bolso, relevante o suficiente para viver uma vida boa e, talvez, conquistar independência financeira. Isso com muito menos risco envolvido. “Basta” desenvolver um pouco de habilidade técnica e muita habilidade diplomática e de influência.
Mas… não se esqueça que você está no mercado de tecnologia. Nesse mercado, é possível conquistar um salário de executivo sendo um mero programador. Aí o jogo fica muuuuuuito mais interessante (com o detalhe que, se você souber falar inglês, o seu “salário de executivo” se multiplica por 6).
Um salário acima de R$ 50k mensais é normal para um programador sênior (sênior de verdade, tá?). Consigo pensar em pelo menos uma dezena de amigos que ganham salários dessa magnitude. Um amigo em específico ganha incríveis R$ 110k por mês. Um milhão e fucking trezentos mil reais por ano no bolso, trabalhando sem camisa, do conforto do seu lar.
Ok, ok. Em alguns casos, pode ser que o retorno financeiro do empreendedorismo seja maior, mas, você está disposto a correr o risco de investir 10, 15, 20 dos seus anos de ouro, podendo sair de mãos abanando? Se o seu negócio é dinheiro, saiba que existem caminhos muito menos estressantes, tortuosos e extenuantes do que empreender.
Dinheiro não é tudo
Se você pensou que esse era um texto anti-empreendedorismo, você se enganou. Na real, nem anti, nem a favor. Esse é um texto que defende a clareza das coisas.
Primeiro de tudo, o que “valer a pena” significa para você? Durante todos os últimos anos de sofrimento, eu me fiz muito essa pergunta. As 10h-12h de trabalho diárias, os fins de semana perdidos, o dinheiro que demorei uma vida para juntar indo embora me fizeram refletir muito sobre o assunto.
Na real, o valor está muito além do dinheiro. Existe valor no reconhecimento. Existe valor na liberdade. Existe valor em construir um legado. Existe um valor na qualidade de vida. Sempre que eu olhava para o lado e via um amigo ganhando 40, 50, 70 mil reais, enquanto eu insistia num sonho e raspava a poupança para bancar minha família, eram esses outros valores que me mantinham de cabeça erguida. Para mim, dinheiro sempre foi menos importante que tudo isso.
Hoje, eu tenho a liberdade de fazer o que eu quiser (e obviamente arcar com as consequências). Hoje, eu tenho a qualidade de vida que sempre desejei. Ok, eu trabalho pra cacete. Mas amo meu trabalho. Além disso, trabalho no conforto do meu lar, vendo meu filho crescer. O mais legal de tudo? Eu conquistei isso. Nada me foi dado.
Hoje, eu tenho orgulho de dizer que impacto positivamente a vida de milhares de pessoas. Tenho o orgulho de ter construído (junto com meu time, claro) uma empresa que é diretamente responsável pelo sustento de mais de 30 famílias.
Dá pra conquistar tudo isso sem necessariamente abrir uma empresa? Claro que dá. Mas, esse é o game que você quer jogar? Não tenho nada contra quem busca a estabilidade e não tem toda essa ambição. De verdade. Só que esse não é meu game.
Quando criança, eu gostava de jogos que simulavam o “desafio de empreender”. Jogos como Tíbia, Diablo, Age of Empires, The Sims, Elifoot. Jogos em que era preciso fazer gestão de recursos, análise de risco, desenvolvimento de habilidades, compensação de fraquezas. Esse é o game que eu gosto. Eu gosto do desafio. Empreender é arriscado, mas, ao mesmo tempo, é desafiador.
Dito tudo isso, eu termino esse texto citando outro grande empreendedor, o Pedro Waengertner. Em uma palestra, no RD Summit de 2023, ele definiu o porquê devemos empreender. A gente tem que empreender porque sim. Porque não existe outra alternativa. Não tem um motivo claro. É uma espécie de chamado.
No fim das contas, esse é o upside. É o prazer de fazer o que se deseja fazer.
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