Livros para te levar além da programação
14 livros e 7 cursos, além de alguns conteúdos adjacentes, para te transformar em um excelente programador
👋🏼 Bem vindo a edição de número #39 da Newsletter do Moa.
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Um ótimo programador é aquele que domina o código. Um excelente programador é aquele que, além de dominar o código, conhece sobre disciplinas humanas, como, por exemplo, marketing, vendas e psicologia.
Na edição de hoje da Newsletter do Moa eu trouxe uma lista de 19 livros (e mais alguns cursos) que formaram meu conhecimento sobre marketing e vendas.
Programador não gosta de gente?
Me lembro de uma manhã na faculdade. Era um dia bonito lá fora. O campus do IFSP, que fica aqui no bairro do Canindé, em São Paulo, é muito arborizado. Além disso, tem um campo de futebol enorme, super bem cuidado, que me dava uma puta vontade de jogar, sempre que o olhava.
Diante de um dia bonito desses, eu estava dentro de um laboratório de informática, de frente para um computador, aprendendo a manipular memória através de ponteiros usando a linguagem C. Aquilo não fazia muito sentido na minha cabeça. O PHP era muito mais simples e não precisava de nada disso.
Eu aprendi PHP de forma autodidata, através de conteúdos que encontrava pela internet afora. Isso foi lá em 2005, acredito. Me lembro de ter encontrado uma apostila que ensinava PHP4 num desses fóruns que eu frequentava, possivelmente o WMOnline. Pedi para meu pai imprimir e encadernar a apostila (ele trabalhava em uma encadernadora).
Com a apostila em mãos, eu simplesmente a devorei. Me lembro que ver o primeiro código que escrevi rodando foi como mágica. Dali para frente não parei mais.
Lia, copiava o código e testava no computador, sem entender muito bem o que estava acontecendo. Nessa toada, eu acabei aprendendo a programar antes de aprender lógica de programação. Alguns conceitos faltavam, mas aquela apostila em PHP me deu o suficiente para eu conseguir implementar o sistema de autenticação que era proposto como exercício.
Essa apostila foi toda consumida em dias de sol, como aquele na faculdade. Por mais que eu fosse apaixonado por esportes e por me divertir com meus amigos na rua, eu era mais apaixonado por tecnologia e, principalmente, por aprender.
Essas paixões conduzem minha vida até hoje. Tenho 15 anos de carreira em tecnologia, mais especificamente em desenvolvimento de software (profissão, essa, em que o autodidatismo é mandatório).
Voltando à manhã dentro do laboratório de informática, eu me lembro perfeitamente de uma conversa que tive com um dos meus melhores amigos (que também era colega de faculdade). Um questionamento sobre a utilidade de se usar ponteiros virou uma discussão sobre o que queríamos para as nossas carreiras.
Me lembro que fui taxativo: "eu quero trabalhar com computadores, não com pessoas. Deus me livre de ter que atender cliente. Ou, pior ainda. Imagina ter que vender?" Esse era o meu pensamento. Meu amigo já desejava o oposto, queria trabalhar com vendas (importante citar que ele estava naquela faculdade obrigado pela sua mãe. Ele só se formou porque colou de mim em praticamente todas as matérias).
O pensamento que eu tinha na época não era exclusividade. Praticamente todos os meus colegas da faculdade pensavam de forma parecida. O programador é um bicho que se entende muito bem com a máquina. Convive com ela por horas e horas a fio na mais perfeita harmonia. Talvez esse tanto de tempo com a máquina seja, justamente, uma fuga (inconsciente) de se conviver com pessoas. Por que será?
Não sou psicólogo para responder a essa pergunta. Também nem cabe a mim. Mas, o que sei, é que essa aversão a pessoas acaba atrapalhando muito o desenvolvimento da carreira do programador.
Como já disse nesta newsletter zilhões de vezes, a programação não é um fim em si mesmo. Ela é meio para que possamos resolver problemas das pessoas. Não tem como escapar de se relacionar com pessoas.
Eu comecei a entender isso quando tinha uns 5 anos de carreira, mais ou menos. Por trabalhar com tecnologia, eu ganhava bem, principalmente se comparado a amigos de outras áreas. Mas eu queria muito mais. Também queria rápido. Foi quando eu comecei a perceber que seria muito difícil conquistar o volume de dinheiro que desejava seguindo um caminho tradicional. Construir uma carreira tradicional levaria muito tempo.
Foi nessa época que eu ouvi falar, pela primeira vez, em marketing digital. Brilhava meus olhos esse lance de você gravar um curso uma única vez e, depois, vendê-lo infinitamente e de forma automática.
As contas faziam muito sentido. Você investe R$ 100 para mostrar seu curso para 1.000 pessoas. Dessas 1.000, 1% vão comprar, o que vai te trazer um retorno de R$ 1.000. É o plano perfeito: uma máquina em que você coloca 1 real de um lado e sai 10 do outro. Quem não se interessaria?
Passaram-se bons anos desde o momento em que eu descobri o marketing digital até o momento em que comecei a ganhar dinheiro, de fato. Foram anos de tentativas frustradas.
Durante anos eu tinha a certeza de que seria muito fácil fazer um anúncio para levar uma pessoa até um vídeo de vendas e então, convencer essa pessoa a comprar meu produto. Eu tinha anos de experiência em criação de páginas na web. Tinha também anos de experiência em Photoshop e outros softwares de edição de imagem. Não tinha experiência com edição de vídeo, mas aprenderia rápido, autodidata que sou…
Qual era o grande problema dessa forma de pensar? Meu foco era na parte técnica, e não na parte humana. Não é o anúncio que convence o usuário e assistir o vídeo de vendas. É a mensagem dentro desse anúncio. Não é o vídeo de vendas que vende o produto, mas sim o que é dito dentro do vídeo de vendas.
Foi quando eu percebi que, se eu quisesse ter algum sucesso com marketing digital, eu precisaria deixar as máquinas de lado e passar a estudar sobre pessoas.
O que um programador que quer empreender precisa saber sobre marketing e vendas?
A minha história de vida e o meu desejo por querer ser rico me levaram até o marketing digital, mais especificamente ao mercado de infoprodutos. Talvez, você programador que está lendo este texto, não se interesse por vender cursos e, portanto, acha que esse texto não é para você. Ledo engano.
O termo marketing digital foi um termo pejorativo durante muitos anos. Na época em que comecei a aprender sobre o assunto, esse termo era muito associado a charlatães. Pessoas que enriqueceram na internet, não utilizando o método que ensinavam, mas sim vendendo cursos sobre como ficar rico na internet. Uma espécie de pirâmide.
Com a chegada da pandemia e a digitalização do mundo, esse estereótipo diminuiu bastante. O mundo percebeu que a internet era um potencial canal de vendas que, até então, era completamente inexplorado. Na internet dá para vender tudo, e não somente cursos.
Isso porque a internet nada mais é que um estabelecimento virtual. Um lugar. Grande parte das pessoas não vão a um shopping para comprar, mas sim para se alimentar, ou comer uma pipoquinha e assistir um filme. Ninguém liga a TV com o objetivo de assistir a um comercial. Mesmo assim essas pessoas compram.
Com a internet funciona da mesma forma. As pessoas não estão lá para comprar. Mas elas podem comprar. O papel do marketing é encontrar, no meio desse monte de gente, quem são os possíveis compradores para seus produtos. O papel de vendas é convencer essa pessoa a comprar seu produto.
Quando eu comecei a compreender esses fundamentos, eu comecei a fazer minhas primeiras vendas pela internet. Mas, confesso que foram anos para conseguir consolidar esses conceitos em minha mente. Em 2016 eu li meu primeiro livro sobre marketing e o primeiro livro sobre vendas. De lá para cá, foram 8 anos de estudo sobre o assunto.
Foi uma trajetória longa, mas que deu muitos frutos. Com o marketing e as vendas sob o meu comando, a DevPro faturou mais de R$ 3M. Mais tarde, também sob o meu comando, o Tintim atingiu R$ 100k MRR em menos de 9 meses.
Grande parte desse resultado do Tintim aconteceu devido ao Júnior, responsável pelas vendas do Tintim. Ele é um engenheiro de formação, mas que possui uma habilidade inata para vendas (caso raro). Com pouco estudo sobre o assunto ele conseguiu vender milhões de reais em produtos nos últimos anos, tanto no Tintim quanto em outras empresas.
Diante desse potencial e dessa aptidão natural, a gente percebeu que um ótimo caminho para sua carreira seria se aprofundar na teoria de marketing e vendas, buscando entender os fundamentos da prática que ele já domina (algo muito parecido com a faculdade me ensinando C quando eu já sabia PHP).
Então, eu preparei uma lista com todos os livros e cursos que fiz sobre o assunto e que considero que foram essenciais na minha formação como marketeiro e vendedor (hoje o termo da moda é Growth Marketer).
É uma lista com 14 livros e 7 cursos, além de alguns conteúdos adjacentes, que falam, basicamente, sobre fundamentos.
Grande parte dos livros falam sobre copywriting, que é a arte e técnica de escrever textos persuasivos. São textos usados para promover ou vender produtos, serviços, uma marca ou uma ideia.
Essa lista também tem muito conteúdo sobre storytelling, a arte de contar histórias. Desde que o mundo é mundo e o ser humano habita este planeta, contar histórias é uma das formas de comunicação mais poderosas.
Também tem conteúdos sobre outros assuntos mais específicos, como tráfego pago, criação de ofertas, mecanismos de viralização, entre outros.
Essa lista é a seleção dos conteúdos que mais me impactaram nos últimos 8 anos. São os livros que marquei como nota máxima no meu controle de leitura. Essa lista tem o poder de transformar um programador em marketeiro. Foi o que aconteceu comigo.
Preparei essa lista para o Junior e decidi liberar para você, que é um programador que deseja aprender a vender. Ela está ordenada por ordem de prioridade. Com uma hora de dedicação diária, é possível consumir a lista toda em algo em torno de um ano. Um verdadeiro MBA no assunto.
Espero que faça bom proveito!
Os melhores livros sobre marketing e vendas
Sobre Marketing
DotCom Secrets: The Underground Playbook for Growing Your Company Online
Great Leads: The Six Easiest Ways to Start Any Sales Message
Sobre assuntos adjacentes
Cursos
Growth 101 - Growth Leaders Academy
Data Growth - Growth Leaders Academy
GambiDay - Growth Leaders Academy
Product Led Growth - Growth Leaders Academy
Saiu mais um episódio do Podcast De/Para!
No episódio dessa semana, eu discuti com o Rodrigo a diferença entre empresas bootstrapped e empresas com investimento de venture capital. para dar um contexto, a Docket, empresa do Rodrigo, é VC backed, já o Tintim é boostrapped. O papo ficou muito bom!
🎧 Toque aqui para ouvir o ep. #04: Bootstrap ou VC? Qual é o melhor caminho?
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Como foi a minha semana?
🏋🏻♀️ Pratiquei 4 dias de exercício físico e completei 25 dos 250 dias da meta do ano.
📚 Estudei 4 dias e completei 18 dos 200 dias da meta do ano.
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O que eu estou lendo:
📚 O Jogo Interior do Tênis por W. Timothy Gallwey
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O que eu consumi que gostei e recomendo?
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🫡 Esta foi mais uma edição da Newsletter do Moa.
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👊🏼 O meu objetivo com essa newsletter é ajudar profissionais de tecnologia que desejam desenvolver uma visão mais estratégica.
Além disso, pretendo também compartilhar outras coisas, como um pouco dos bastidores da construção de um negócio SaaS, as minhas opiniões e meus aprendizados.
A ideia geral é ser uma documentação pública e estruturada dos meus pensamentos e aprendizados ao longo dos anos.
Portanto, se você se interessa por soft-skill, desenvolvimento pessoal, empreendedorismo e opiniões relativamente polêmicas, sugiro que você se inscreva para receber as próximas edições. ⬇️
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